HISTÓRIA DO PALÁCIO IMPERIAL DE PETRÓPOLIS

 

                             
1-OS COLÉGIOS CATÓLICOS NO PALÁCIO IMPERIAL
Histórico do palácio:
O prédio do Museu Imperial foi a residência de veraneio de D. Pedro II e é um dos mais importantes monumentos arquitetônicos do Brasil. Sua construção, iniciada em 1845 por determinação do Imperador e custeada por ele, deu origem à cidade de Petrópolis.  O projeto original é do major e engenheiro alemão Júlio Frederico Koeler, e, após sua morte, foi seguido pelos arquitetos Joaquim Cândido Guilhobel e José Maria Jacinto Rebelo. Os jardins foram planejados por Jean Baptiste Binot, com a orientação do próprio Imperador, e nele se encontram ainda espécies raras da flora brasileira e estrangeira. Ao entrar no museu você calçará as famosas pantufas, contribuindo para a preservação dos preciosos assoalhos de mármore de Carrara e madeiras nobres. Na área interna, salas e objetos que são verdadeiros tesouros históricos do Brasil Império.

1.1-Colégio Sion:
As irmãs se estabeleceram em Petrópolis com o educandário desde os princípios de 1889, inicialmente na Rua Bragança e posteriormente na Rua dos Mineiros. Após o exílio do Imperador, avistaram a possibilidade de transferir o colégio para o palácio Imperial. A diretora geral do colégio Marie Poul de Sion, negociou diretamente com a Princesa Isabel na França chegando à assinatura do contrato em 15 de setembro de 1892.
“Recebiam as freiras do palácio com os moveis nele existentes menos as camas de vossa majestade”.(LACOMBE:2007,76)

O Historiador Lourenço Luiz Lacombe, afirma que há um aspecto curioso no contrato de aluguel do palácio em seu artigo 3º; onde afirma que  o rompimento do contrato se dará apenas por força quando a família imperial reornasse, ficando claro ainda a esperança de uma restauração monárquica.(LACOMBE:2007,72)
Inicialmente os cômodos do palácio foram usados da maneira em que se encontravam, mas com o crescimento do colégio se viu a necessidade da construção de uma parte anexa.Onde muito do mobiliário da antiga sede do colégio foi levado para o palácio.

1.2- Colégio São Vicente de Paula
Com a saída do colégio Sion do palácio imperial, foi ocupado a partir de então, os cônegos de São Norberto donos do colégio São Vicente, os quais adquiriram da ordem dos Lazaristas. Transferindo-o a partir de então para o palácio.
E na nova escritura de arrendamento, persistiu o tópico a respeito do final do contrato que terminaria apenas quando a monarquia voltasse. Lourenço Luiz Lacombe afirma que este colégio foi um dos que tiveram maior renome e prestigio no Brasil durante seu funcionamento formando diversos quadros que se notabilizaram no país no campo político, cientifico e artístico.
O colégio São Vicente ficou durante trinta anos no palácio imperial quando então foi adquirido pelo governo federal por decreto de Getulio Vargas para que se tornasse sede do Museu Imperial.
“Com o advento da república, a propriedade, alugada pela princesa Isabel, foi ocupada pelo Colégio Notre Dame de Sion, mais tarde dando lugar ao Colégio São Vicente de Paula. Um dos alunos do colégio, Alcindo de Azevedo Sodré, que mostrava grande interesse por história, acalentou o sonho de ver o palácio transformado em museu, o que se realizou através de um decreto do presidente brasileiro Getúlio Vargas de 16 de março de 1943, criando o Museu Imperial e indicando, como seu primeiro diretor, o mesmo Alcindo Sodré.” (ARTUR:2015)










2-INAUGURAÇÃO DO MUSEU IMPERIAL
A inauguração do Museu Imperial e deu em 16 de março de 1943, data do centenário de Petrópolis. Instituição destinada a ser uma das maiores do País.A cerimônia contou com a presença do presidente Getulio Vargas, ministros de Estado e outras autoridades. Era o final de um processo que teve inicio na década de 1920 por meio de Alcindo Sodré primeiro diretor do Museu Imperial.
A criação de um museu no palácio Imperial, foi sempre um anseio de Alcindo Sodré.A ideia só ganhou terreno onze anos depois por intermédio do prefeito Yêdo Fiúza que criou o Museu Histórico de Petrópolis mas somente em 1938 é que ele é alocado no Palácio de Cristal, dirigido pelo próprio Alcindo Sodré.  Na inauguração já se mencionava a possibilidade de uma criação de um Museu no Palácio Imperial.
A criação do museu se originou a partir de uma visita do presidente Getulio Vargas que junto com Alcindo Sodré que lhe havia confidenciado o anseio de que fosse constituído um museu no antigo palácio de Verão da família imperial. Esta ideia mobilizou também o interventor do Estado do Rio de Janeiro Ernani do Amaral Peixoto, que entro em contato com a Companhia Imobiliária de Petrópolis para o entendimento acerca do aforamento do parque.
Em 29 de março de 1940, o Presidente Getúlio Vargas, assina o decreto Lei nº2.906 criando o Museu Imperial que ainda não podia ocupar todo o prédio por conta do colégio que ainda estava em funcionamento, o diretor Alcindo Sodré começa uma serie de intervenções para a adequação do espaço para a instalação do museu, como modificação de cômodos limpeza de canteiros que durou cerca de três anos.
A ideia do museu era de que fosse restabelecida no palácio  o ambiente que era da família imperial. Mas o museu não possuía mobiliário suficiente, grande parte do acervo foi doado por pessoas que participaram do leilão realizado no palácio de São Cristovão em 1891 como Franklin Sampaio e Eduardo Guinle.
A visitação foi enorme desde o inicio, além de intelectuais se tornou o prédio mais visitado pelos turistas. E Hoje em um dos museus mais visitados do pais, sob a direção do Professor Mauricio Vicente Ferreira Junior.


REFERÊNCIAS:
LACOMBE, Lourenço Luiz. Biografia de um Palácio. Museu Imperial. Petrópolis, 2007.
http://destinopetropolis.com.br/museu-imperial/44-6012
Tribuna de Petrópolis, publicação referente aos seus 100 anos   

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