Atualmente no Brasil, se discute muito o “Mercado” e suas variações que ocorrem de acordo com os ventos políticos do país. O primeiro fator que temos de levar em consideração, é que a lógica de funcionamento da democracia é incompatível com a pregada pelo mercado e pelos seus defensores.
Uma democracia remete a um modelo de organização ascendente de poder social, e este poder se estrutura a base do reconhecimento da plena autonomia dos sujeitos que a compõem de baixo para cima com igualdade entre os cidadãos. Culminando na inclusão de todos neste processo, buscando por fim a exclusões de gênero, classe, educação e etnia.
Já o “Mercado” tão defendido e sacralizado pela grande mídia, obedece a uma lógica descendente, atendendo uma dinâmica de cima para baixo. No mercado, seus atores beneficiados se encontram na cúpula onde estão os grupos favorecidos por seu funcionamento os oligopólios que constroem, controlam e o modificam conforme seus interesses.
No Brasil ele tira, coloca e manipula governantes para resguardar seus interesses. Nestes últimos dois anos, os maiores beneficiários foram os bancos com lucros nunca antes obtidos e também os rentistas que vivem do financiamento da divida publica em um eterno ciclo vicioso.
Este modelo econômico que vem se tentando implantar no Brasil nos últimos dois anos, em nenhum país com condições semelhantes a do Brasil deu certo somente piorou a situação e os afundou em algo muito pior. E nosso país durante está crise não voltou para as mãos do FMI, devido às reservas econômicas construídas durante os governos de Lula e Dilma.
Este sistema neoliberal , quando aponta algum indicador positivo na economia, os maiores beneficiários estão no topo não se refletindo nas classes mais baixas, pois ele se alimenta das diferenças e acentuação das desigualdades. Transformando direitos adquiridos como saúde e educação pública em mercadorias a serem negociadas e reguladas de acordo com os interesses do mercado. É um Leviatã que se alimenta de diferença e desigualdade.
Comentários
Postar um comentário