Atualmente vivemos no Brasil uma guinada sem precedentes á posturas que em nada tem a ver com seu povo que ao longo do tempo caracterizou-se por sua alegria , tolerância e boa convivência com ás diferenças, ou apenas nos enganávamos, pois há realidade atual parece a mais fiel refletindo grande parte da população. Deparamos-nos, com pessoas vibrando com linchamentos, encarando insultos e preconceitos de maneira naturalizada, minimizando atos discriminatórios, recriminando alegria e a liberdade de pensamento e de ação das pessoas que não pensam igual á este modelo. Que prega para que sejamos desenvolvidos, todo e qualquer tipo de igualdade, solidariedade devem ser combatidos e quem não se adequar a este pensamento “é bandido” ou quer se tornar. Hoje vivemos em um estado punitivista e que cada vez mais ganha espaço nas camadas da população, influenciadas pelos meios de comunicação e pelo senso comum.
Nossa sociedade está doente, pois a pobreza para muitos não é mais considerada como desigualdade, como algo transitório que possa ser superado por meio de ações afirmativas.Passou a ser enxergado como diferença algo inerente a constituição da própria pessoa intrínseco a ela. Pode-se considerar está postura como um resquício de nosso passado escravocrata que insiste ainda em dar as caras em nossa sociedade.
Com isso qualquer mazela que os mais pobres venham a sofrer no seu dia a dia, passou a ser naturalizado, banalizado por nossas elites. Acredito que esteja faltando espanto em nossa sociedade, a capacidade de enxergar o problema do outro mesmo que não esteja nos afetando diretamente como algo a ser discutido , afim de se buscar uma solução nos tornando também parte.Já que desde os primeiros momentos de nossas vidas somos incluídos em grupos de pessoas nossos familiares em um primeiro momento, depois os amigos até que mais adiante tomamos o sentimento de pertencimento a uma sociedade com todas as suas particularidades e problemas. Assim o outro nos importa e tudo que seja inerente a ele, já que fomos criados para partilhar experiências e vivências em conjunto no que chamamos de humanidade. Será que ainda há esse sentimento em uma parcela de nossa sociedade?
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